segunda-feira, março 31, 2008

Alma de mulher

Nada mais contraditório do que ser mulher…
Mulher que pensa com o coração,
age pela emoção e vence pelo amor.
Que vive milhões de emoções num só dia
e transmite cada uma delas num único olhar.
Que cobra de si a perfeição
e vive arrumando desculpas para os erros,
daqueles a quem ama.
Que hospeda no ventre outras almas,
dá à luz e depois fica cega,
diante da beleza dos filhos que gera.
Que dá as asas, ensina a voar,
mas que não quer ver partir os pássaros,
mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.
Que se enfeita toda e perfuma o leito,
ainda que seu amor nem perceba mais tais detalhes.
Que como numa mágica transforma em luz e sorriso
as dores que sente na alma,
só pra ninguém notar.
E ainda tem que ser forte
para dar os ombros pra quem neles precise chorar.
Feliz do homem que por um dia souber,
entender a Alma da Mulher!


Lucinete Vieira

quarta-feira, março 26, 2008

Como aliviar a dor do que não foi vivido

Sabia que "viver não dói.... O que dói é a vida que não se vive".
Definitivo, como tudo o que é simples nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável....um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos.... Por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos....
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade Interrompida....
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar...
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.

Texto de Emílio Moura

terça-feira, março 25, 2008

Pipocas e Piruás

Milho de pipoca que não passa pelo fogo,continua a ser milho de pipoca para sempre.
Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos.
Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego e ficar pobre.
Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui.
Com isso, a possibilidade de transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro da sua casca dura, fechada em si mesma, não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!
E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas, que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito de serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva.
Não vão dar alegria para ninguém.

Rubem Alves

segunda-feira, março 24, 2008

Confissão e Arrependimento - Salmo 51

O post de hj é dedicado a uma pessoa muito especial.
Que diante dessas linhas, você possa enxergar a grandeza
da compaixão de Deus.
Adoro você!

1 Compadece-te de mim, ó Deus,
segundo a tua benignidade;
e, segundo a multidão das tuas misericórdias,
apaga as minhas transgressões.

2 Lava-me completamente da minha iniqüidade
e purifica-me do meu pecado.

3 Pois eu conheço as minhas transgressões,
e o meu pecado esta sempre diante de mim.

4 Pequei contra ti, contra ti somente,
e fiz o que é mal peranteos teus olhos,
de maneira que serás tido por justo quando falar
e puro no teu julgar.

5 Eu nasci na iniqüidade,
e em pecado me concebeu minha mãe.

6 Eis que te comprazes da verdade ni íntimo
e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria.

7 Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo;
lava-me, e ficarei mais alvo que a neve.

8 Faze-me ouvir júbilo e alegria,
para que exultem os ossos que esmagaste.

9 Esconde o rosto dos meus pecados
e apaga toda a minha iniqüidade.

10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro
e renova dentro de mim um espírito inabalável.

11 Não me repulses da tua presença,
nem me retires do seu Santo Espírito.

12 Restitui-me a alegria da tua salvação
e sustenta-me com o espírito voluntário.

13 Então, ensinarei aos transgressores
os teus caminhos,
e os pecadores se converterão a ti.

14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus,
Deus da minha salvação.

15 Abre, Senhor, os meus lábios,
e a minha boca manisfetará os teus louvores.

16 Pois não te comprazes em sacrifícios;
do contrário, eu os daria;
e não te agradas de holocaustos.

17 Sacrifícios agradáveis a Deus
são o espírito quebrantado;
coração compungido e contrito,
não o desprezarás, ó Deus.

18 Faze bem a Sião,
segundo a tua boa vontade;
edifica os muros de Jerusálem.

19 Então, te agradarás dos sacrifícios de justiça,
dos holocaustos e das ofertas queimadas;
e sobre o teu altar se oferecerão novilhos.

quinta-feira, março 20, 2008

Almas Perfumadas

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda. De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão-doce da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo como gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que agente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração. Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco, juntinho, ao nosso lado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Carlos Drumond de Andrade

quarta-feira, março 19, 2008

Nem tão bonzinhos

Vale a pena ler.
Nem tão 'bonzinhos' ( Por Flávio Gikovate )


Os opostos se atraem. É verdade. Cerca de 95% dos casais é constituído de opostos, um egoísta e um generoso, que, aparentemente, combinam muito bem. Para o médico psicoterapeuta Flavio Gikovate, entretanto, a relação lastreada no antagonismo não pode ser considerada de boa qualidade. Essa dualidade, aceita e legitimada pela sociedade, acaba deteriorando o convívio íntimo e gera conseqüências em outras esferas, refletindo-se, por exemplo, no comportamento dos filhos e até em atitudes de âmbito social e político.
Com base em seus 40 anos de experiência clínica e no estudo das relações conjugais, Gikovate já escreveu vários livros abordando os conflitos que interferem no amor e na felicidade. Entre eles, Ensaios sobre o amor e a solidão, Uma nova visão do amor e A libertação sexual.
Neste mês de junho, comemorando 30 anos da primeira publicação, está lançando um novo título, O mal, o bem e mais além, cuja idéia central é fruto de uma longa reflexão: o egoísmo e a generosidade que se contrapõem na maioria das ligações amorosas.

“Cada vez foi ficando mais claro para mim que a humanidade se divide nesses dois grupos em todos os aspectos: o egoísta, que recebe mais do que dá, e o generoso, que dá mais do que recebe. E que generosidade não é virtude, mas uma falha tão grande quanto o egoísmo”, constata. “O egoísta não tolera frustrações e contrariedades, é mais estourado e agressivo e procura sempre arrumar um jeito de levar vantagem, porque a vida dura não faz parte de seu psiquismo. O generoso, por sua vez, não consegue dizer ‘não’ quando solicitado, porque não sabe lidar com a culpa, sentindo-se envaidecido e superior por conseguir dar mais do que recebe.”
O generoso, conforme enfatiza, é limitado por uma culpa indevida, já que a culpa correta só deveria ser sentida no caso de o indivíduo realmente causar um dano ao outro. “Se você quer a minha bala e eu não quero dá-la para você, é um direito meu, e se você ficar péssimo por causa disso, azar seu”, ilustra. “Agora, se você fizer cara de choro, eu dou. Com isso, você aprende a fazer chantagem emocional comigo, usando a minha culpa como uma fraqueza. Eu vou me sentir abusado, com raiva, mas superior.”
De acordo com o psicoterapeuta, o que existe como virtude é o altruísmo – dedicar-se a causas, fazer doações anônimas. A generosidade na relação íntima, porém, tem conseqüências negativas, já que seu desdobramento é o egoísmo. Sempre que houver um generoso, haverá um egoísta. O que explica essa atração? Segundo ele, a inveja: o egoísta tem inveja do generoso porque acha que ele tem mais para dar, é mais rico, e o generoso inveja o egoísta porque ele diz ‘não’ numa boa e faz muito mais por si mesmo.
“O generoso é muito mais competente para dar coisas ao outro do que para se presentear”, analisa. “Vai ao shopping, compra duas coisas e chega, já se sente culpado. O egoísta não tem limite, não é freado pela culpa. E como ele evita situações de dor e frustração, também nunca se coloca no lugar do outro nem imagina o sofrimento que possa causar. Cuida do interesse próprio e imediato. É capaz de coisas incríveis, que o generoso não é. Fica uma espécie de inveja recíproca, que deriva da admiração pela capacidade do outro. Por um lado, há um clima de encantamento, que leva à aproximação; por outro, um clima de atrito e insatisfação. Monta-se então um jogo de poder: o generoso sentindo-se valorizado, prestigiado e envaidecido com a sua superioridade, o egoísta tentando dominar o outro no grito e na chantagem emocional.”
O mais grave nessa “trama diabólica”, como ele intitula, é que um reforça o jeito de ser do outro. “Não posso mudar senão deixarei de ser admirado e amado. Essa é a idéia”, define. “O generoso cede cada vez mais, achando que assim vai satisfazer o outro, e o egoísta cada vez exige mais, nunca se dando por satisfeito. Os dois ficam cada vez mais antagônicos, estagnados, frustrados. Essas diferenças vão se radicalizando com o passar dos anos, gerando o afastamento ou a ruptura do casal.”
As conseqüências vão ainda além: “Os filhos se vêem diante de dois modelos – um exigente, estourado, reivindicador, outro bonzinho, tolerante, panos quentes. E dois modelos validados um pelo outro. A criança vai copiar um dos dois. O segundo filho, devido à rivalidade entre irmãos, provavelmente seguirá a direção oposta. Dessa forma, os dois padrões vêm se reproduzindo de uma geração para outra e se estendem da vida doméstica para a vida pública. O mais agressivo e guerreiro acaba sempre por deter o poder, enquanto o generoso funciona como uma espécie de poder paralelo. Ele cria a boa idéia, o egoísta se apropria dela e a executa. Tanto um quanto o outro são modelos de injustos. Como uma sociedade formada por pessoas assim pode ser justa?”
Para chegar à categoria dos justos, da qual Gikovate apresenta um “retrato falado” em seu livro, “sem fotografia, pois há pouquíssimos justos no mundo”, o ponto de partida seria parar de valorizar a generosidade como virtude e passar a vê-la como uma fraqueza que deriva do excesso de culpa e cria condições inexoráveis para a existência do egoísmo. “Ambos são imaturos”, enfatiza. “O egoísta não se desenvolve emocionalmente, porque lida mal com frustração, contrariedade e dor; o generoso, porque atola na culpa e não diz ‘não’ quando deveria.”
O justo, no seu entender, está além desses dois modelos: “Não quer se vangloriar e se destacar por ser melhor dando mais do que recebe, nem receber mais do que dá. Quer uma troca equilibrada. Não inveja o oposto, fica contente com o próprio jeito de ser e passa a valorizar as pessoas parecidas, estabelecendo relações afetivas de qualidade. O generoso aprende a dizer ‘não’ aos pedidos indevidos e deixa de ser objeto de chantagem, conquistando auto-estima e liberdade pessoal. O egoísta, por sua vez, sem o generoso por perto, também poderá progredir e amadurecer.”
Com o equilíbrio entre o dar e o receber, todos serão beneficiados, segundo Gikovate. Inclusive a sociedade. O caminho é longo e começa pelo conhecimento do conceito. É preciso tomar consciência e, a partir daí, trabalhar a auto-suficiência emocional, ser mais competente para se virar sozinho, ter um certo controle sobre a vaidade. Superar a intolerância e a incapacidade de lidar com culpa leva à maturidade emocional, a respeitar mais as diferenças e os direitos do outro, sem nenhuma idéia heróica de sacrifício pessoal em favor de nada nem de ninguém. “Parar no ponto justo é a única forma de buscar uma vida afetiva, pessoal, familiar e social mais equilibrada”, ressalta.
Finalmente, ele diz que seu novo livro se destina a pessoas não preconceituosas, dispostas a refletir fora do tradicional.
“O intuito é abrir caminho para a evolução pessoal. E isso é possível em qualquer idade, a qualquer tempo.”


"Desejo à todos vcs uma semana maravilhosa, abençoada e cheia de realizações"

Espaço Reservado

É possível curar pessoas com Transtornos Mentais?
A depressão é uma doença que atinge 5% da população mundial hj e pode ser revertida através da Libertação Espiritual.
Pesquisas realizadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) indicam que em 2020 a depressão unipolar será a 2ª doença de maior incidência no planeta.
A depressão causa perdas sérias na vida de uma pessoa (Na área profissional, social e familiar) , em casos extremos leva ao suicídio.
O caminho para a cura e libertação desses males (e de todos os males do mundo) é Deus. A fé em Deus traz para a pessoa, confiança em si mesmo que por sua vez gera segurança.
Pessoas inseguras não sentem prazer em viver, não constroem dentro de si sonhos, perspectivas, não se suportam. Isso tira da pessoa o sentido de existência; e oresultado não é outro senão a depressão e até mesmo o suicídio.
A palavra de Deus nos traz segurança, nos mostra como somos especiais para Deus, fala do amor de Cristo. Ouvir e compreender a palavra de Deus é essencial, mas é preciso também crer e viver essa verdade, buscar dentro de si seu próprio valor e sua capacidade de vencer.