Durante quase toda a História brasileira, a estrutura patriarcal boicotou a participação das mulheres no destino da sociedade. Só a partir da década de 30, a mulher conquistou o acesso à cidadania com o direito ao voto.
No Brasil, a primeira mulher que aparece na história oficial, excetuando-se o das rainhas, que já nasceu com direito de menção histórica, foi o da escrava Chica da Silva pela coragem de tomar para si o poder de um homem, encantado-o através do afeto e do sexo.
E quem são as outras mulheres? A marquesa de Santos, que por amor a um homem se tornou poderosa. Também há mártires, como Joana Angélica, morta a golpes de baioneta, que deu a versão nacional de Joana D’arc ou heroínas, como Inês de Sousa, que ajudou o marido governador a expulsar os invasores franceses e Anita Garibaldi que abandonou o lar para seguir seu amante Giusseppe, fugindo da prisão atravessando a nado um rio agarrada à crina de um cavalo para reencontrar seu amor em Vacaria.
A outra brava patriota foi Maria Quitéria que teve a coragem de se vestir de homem para assentar praça na artilharia lutar na guerra da independência. Formou uma companhia feminina que no final foi condecorada como cavalheiro pelo imperador.
A princesa Isabel foi à primeira mulher a aparecer à frente do governo imperial. Embora contestada transformação essas mulheres formam os paradigmas femininos na História e fazem lembrar as legendárias guerreiras amazônicas que precisavam queimar o seio direito para atirar como arco e flecha. Por outro lado, mulheres brilhavam como fachos ilumimosos em todas as obras de todos os poetas desde o início dos tempos.
Na História da literatura brasileira a mulher, desde o primeiro poeta Gregório de Matos até Drummond, em todas as obras, oscilando entre a bondade angelical e a perversidade demoníaca, Marília de Dirceu, Helena, Capitu, Ceci, Tieta, Gabriela, a mulher Diadorim, a Moreninha, a enigmática comedora de baratas, as revolucionárias Ana Palidrômica e Maria Moura. Mas isso é mulher na ficção.
Na verdade a mulher do passado era trancafiada, surrada e atirado no quarto, na cozinha.
Nos tempos modernos temos a participação da primeira mulher n política onde fez parte da Constituinte da Constituição de 1934 e também da instalação do Congresso Nacional em maio de 1935, a então deputada Carlota Pereira de Queiroz.
No governo dos militares tivemos a primeira mulher como chefe de Estado, a ministra da Educação Ester Figueiredo, no governo Collor de Mello a ministra da Economia Zélia Cardoso.
No ano 2002 temos uma forte concorrente à presidência República, também a primeira mulher brasileira a governar um Estado, a governadora do Maranhão Roseana Sarney que está sendo bem apontada nas pesquisas de opinião pública.
"É mulher brasileira desenvolvendo sua cidadania e mostrando capacidade, é o que o Brasil precisa."